quarta-feira, 30 de julho de 2008

Trem bala - Crônica de um amor anunciado


Toda pessoa apaixonada é um publicitário em potencial. Não anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas anuncia seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade.


O hábito começa na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parece aula de ciências, mas é introdução à publicidade. Em breve se estará desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Suzana ama João.


A partir de uma certa idade, a veia publicitária vai tornando-se mais discreta. Já não anunciamos nossa paixão em muros e bancos de jardim. Dispensa-se a mídia de massa e parte-se para o telemarketing. Contamos por telefone mesmo, para um público selecionado, as últimas notícias da nossa vida afetiva. Mas alguns não resistem em seguir propagando com alarde o seu amor. Colocam anúncios de verdade no jornal, geralmente nos classificados: Kika, te amo. Beto, volta pra mim. Everaldo, não me deixe por essa loira de farmácia. Joana, foi bom pra você também?


O grau máximo de profissionalismo é atingido quando o apaixonado manda colocar sua mensagem num outdoor em frente a casa da pessoa amada. O recado é para ela, mas a cidade inteira fica sabendo que alguém está tentando recuperar seu amor. Em grau menor de assiduidade, há casos em que apaixonados mandam despejar de um helicóptero pétalas de rosas no endereço do namorado, ou gastam uma fortuna para que a fumaça de um avião desenhe as iniciais do casal no céu. A criatividade dos amantes é infinita.


O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado.


Matha Medeiros

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra
valer, só acontece uma
vez,geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado nem chega
com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade
de uma laranja, e
que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra
metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em
nossa vida merece
carregar nas costas a responsabilidade de completar o
que nos falta: a gente
cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em
um", duas pessoas
pensando igual, agindo igual, que isso era que
funcionava. Não nos contaram
que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que
poderemos ter uma
relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e
que desejos fora de
hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar
que os bonitos e magros
são mais amados, que os que transam pouco são caretas,
que os que transam muito
não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo
velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do
que pé torto. Fizeram
a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a
mesma para todos, e
os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que
estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são
alienantes, e que podemos
tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso
tudo prá gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você
mesmo, vai poder ser
muito feliz e se apaixonar por alguém
."


( Martha Medeiros )

Não sou muito de postar textos de outras pessoas mas este aqui mereceu.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Amor, Rosas e Espinhos


Você viveu um grande amor que terminou meses atrás. Está só. Nada nesta mão, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto seus colegas de trabalho aquecem as turbinas para o fim-de-semana, você procura no jornal algum filme que ainda não tenha visto na tevê. Ao descobrir que vai passar Kramer vs. Kramer de novo, não resiste e cai em tentação: liga para o ex. Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ele também estiver sozinho, é sopa no mel. Os dois já se conhecem de trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar a vigência do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel. Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou à separação continua por ali, escondido atrás do sofá, e qualquer hora aparece para um drinque. O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados. Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando só as partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? À sós no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída. Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, pode-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas, revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cá entre entre nós, isso não mantém o brilho do olho. Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha a ré. Engate uma primeira nesse coração.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Você & Deus

"Muitas vezes as pessoas São egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo. Se você é gentil, As pessoas podem acusá-lo de interesseiro. Seja gentil assim mesmo. Se você é um vencedor Terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo. Se você é honesto e franco, As pessoas podem enganá-lo. Seja honesto e franco assim mesmo. O que você levou anos para construir, Alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo. Se você tem paz e é feliz, As pessoa podem sentir inveja. Seja feliz assim mesmo. O bem que você faz hoje Pode ser esquecido amanhã Faça o bem assim mesmo. Dê ao mundo o melhor de você, Mas isso pode não ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final das contas, É tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros."

bem por aí. .:)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Dia dos Namorados...


Para qualquer pessoa que se pergunta o dia de hoje responde com uma certeza enorme. Não, não tem nada tão importante assim no dia 11 de junho (não pelo menos que eu saiba), mas o que se sabe é que amanhã sim é O DIA. Dia 12 de junho, dia dos namorados.
Ahhh, é uma delicia confeccionar, comprar, ganhar, trocar presentes com seu amor. Só quem tem namorado sabe a delicia que é receber qualquer coisa da pessoa amada..Passando pelo centro hoje, vi a correria, principalmente para aqueles que sempre deixam pra ultima hora (nesse caso ultimo dia ), compra presente daqui, compra cartões dali; uma delicia só !
Dia 12 de junho é um dia um pouco chato pra quem não tem namorado, rola uma carência a mais; uma vontadezinha ali , outra aqui. Até quem se acha auto-suficiente sente isso que estou falando, é normal. No fundo todo mundo gosta de ter alguém para amar e ser amado.
Não estou me referindo especificamente AOS NAMORADOS em si, mas num todo, ficantes, amizades coloridas e todas essas coisas do gênero, como é bom tudo isso !
Como também sou filha de Deus e não muito diferente das pessoas que deixam muitas coisas pra ultima hora, vou terminando a crônica por aqui, pois estou atrasada e preciso terminar de montar o(s) presente(s) ! kk ;) Beijos pra quem fica, e um feliz dia dos namorados a todos os que tem e os que não tem ( e quem sabe em breve terão?!).

Paloma Sôares

PS:. EU NÃO NAMORO !
PS:. O que obviamente não presta sempre me interessou muito !

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ficou no PASSADO.


Quando não há o que detenha você, as coisas acontecem sim. Cada não que eu recebi na vida entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Não os colecionei... Tomei a decisão de me iludir menos e viver mais, ainda falta tanta coisa pra fazer, uma vida só acaba sendo pouco pra conhecer todos os lugares que quero, pra conhecer muitas pessoas com energia boa... De hoje em diante decidi deixar algumas pessoas para trás e continuar seguindo. Tenho certeza que quem me magoa não quer o meu bem e muito menos me traz boas energias. Não digo relação homem e mulher, digo amigos, conhecidos, tudo que não me faz bem fica a partir de agora somente no passado. Não me arrependo de ter me dedicado a tanta gente e não ter sido recompensada, continuarei assim, só não aceito mais dar segundas chances, bater nas mesmas teclas pra consertá-las, é perda de tempo tentar mudar as situações, as pessoas. Enquanto tentei agradar, consertar os erros, acabei perdendo o tempo que teria para conhecer melhores pessoas, novas experiências... Não é ser insensível, não dar valor... é parar de se importar com quem não se importa comigo, com quem foi importante pra minha história e o meu crescimento, mas como não me acrescenta mais... Ficou no passado!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Chega uma hora que a gente aprende... Que nem sempre os sonhos são reais, que as coisas não são exatamente da maneira que queremos, que os amores, são feitos de ilusões, que para aprender, erramos, que pra dar valor, perdemos, que pra sorrir, choramos, que o tempo não pára e muito menos volta, que esperamos muito de alguém... Que amamos demas que amigos são raros, que amores são eternos,que o tempo ajuda, ou atrapalha, que palavras machucam, que um olhar, um gesto de carinho, dizem mais que mil palavras, que a vida é feita de fantasia, que não precisamos dormir para sonhar, que somos felizes sem saber, que tudo aquilo que realmente queremos, conseguimos, que às vezes a pessoa ERRADA, é a pessoa CERTA, que o momento errado, é o momento certo...Que podemos brilhar sozinhos, que não precisamos de alguém tanto quanto imaginamos, o mundo e feito de sonhos e de sonho que viverei.